“O Carnaval de Sines é diferente de todos os outros”

A Avenida General Humberto Delgado (onde decorreram os festejos) encheu-se com mais de 45.000 pessoas, dos mais miúdos aos mais graúdos. Este ano, a organização quis muito mais e, para isso, o investimento também foi maior. “Foram investidos entre 160.000 a 190.000 euros, dos quais cerca de 100.000 euros vieram da Câmara de Sines”, adiantou Rui Encarnação, presidente da Associação de Carnaval de Sines. “No ano passado gastaram-se cerca de 150.000 euros, mas este ano foi mais porque causa de uma bancada, iluminação nova e mais grupos”, continua, acrescentando que se esperam mais de 50.000 foliões a assistir ao corso.

Rui Encarnação garante que “o Carnaval de Sines é diferente de todos os outros”. Isto porque “é o único no país que é feito só por voluntários”, por isso o tema é livre e cada voluntário “cria de acordo com a sua imaginação”. Ao todo, os festejos foram organizados por cerca de 400 voluntários, todos da zona de Sines, que começam a preparar o Carnaval desde outubro.

Embora seja “único” e feito de forma 100% voluntária, este Carnaval prometeu estar ao nível do resto do país. “ 2.000 figurantes, 17 carros alegóricos, grupos de sátira social e cinco escolas de samba”, detalha o responsável.

Folias à parte, “este ano não houve fogo-de-artifício”, avisou Rui Encarnação, por ser um investimento que a associação não pode fazer actualmente, devido às “imensas dívidas deixadas pela anterior direcção”. Mas o fogo-de-artifício está na gaveta apenas por uns tempos. Isto porque, a longo prazo, os planos são mais ambiciosos e serão em grande. “O Carnaval de Sines era o maior do país nos anos 90 e, em 2026, vai completar 100 anos. Estamos a reabilitá-lo ao máximo para, nesse ano, fazermos uma festa em condições e lançarmos fogo-de-artifício como deve ser”, afirma o organizador.

noticia in Declarações originais e transpostas do Jornal Eco